As eleições municipais de 2024 trazem mudanças significativas no cenário político, incluindo a diferenciação entre federações partidárias e coligações eleitorais. Ambas as formas têm como objetivo unir partidos em um único bloco, porém apresentam características distintas que afetam o processo eleitoral.
A principal diferença entre federação e coligação reside na natureza e na duração dessas alianças políticas. As federações partidárias, introduzidas na minirreforma eleitoral de 2021, são estruturas de caráter permanente, enquanto as coligações são temporárias e válidas apenas durante as eleições.
Outro ponto crucial é a abrangência das alianças. Enquanto as coligações se aplicam somente às eleições majoritárias (como prefeitos e governadores), as federações podem apresentar candidatos para todos os cargos em disputa, tanto nas eleições majoritárias quanto proporcionais.
Antes de 2017, as coligações podiam apresentar listas conjuntas de candidatos para as eleições proporcionais, porém uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que os partidos lançassem suas próprias listas para esses cargos legislativos.
As federações, por sua vez, foram estabelecidas em 2021 como uma forma de união partidária duradoura. Uma federação deve ser mantida por pelo menos 4 anos, e os partidos que a abandonarem antes desse prazo podem sofrer sanções.
Para as eleições municipais deste ano, os partidos têm um prazo definido, entre 20 de julho e 5 de agosto, para estabelecerem as coligações partidárias que desejam formar, o que terá impacto direto no cenário político e nas estratégias eleitorais adotadas pelos diversos grupos partidários.
Essas diferenças entre federações e coligações são fundamentais para compreender o contexto político das próximas eleições municipais e as estratégias adotadas pelos partidos na busca por representação e apoio eleitoral.
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