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  • Foto do escritorRedação Portal Independente

Homenagem às joias: placa eterniza nomes no Instituto de Identificação

Foto - Humberto Trajano

O Governo de Minas e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) inauguraram uma placa em homenagem às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho. O ato ocorreu no ultimo dia 8 na sede do Instituto de Identificação (IIMG) em Belo Horizonte, buscando eternizar, de forma simbólica, os nomes das 272 joias perdidas na tragédia que completou cinco anos no último dia 25/1.

A homenagem, resultado de uma parceria entre o Governo de Minas, o Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública de Minas Gerais, tem como objetivo não apenas reconhecer a dor das famílias afetadas, mas também reforçar a memória das vidas interrompidas e o compromisso com a reparação.

A placa instalada no IIMG é a segunda de uma série que será afixada em obras e projetos realizados pelo Governo de Minas com recursos do Acordo de Reparação ao rompimento em Brumadinho, firmado pelos compromitentes com a Vale. A primeira foi colocada na Academia de Bombeiros Militar (ABM), em Belo Horizonte, no mês passado.

A chefe da PCMG, delegada-geral Letícia Gamboge, destacou a magnitude do desafio enfrentado pela instituição durante o trágico evento. Durante o descerramento da placa, ela recordou o papel crucial desempenhado pelo IIMG na identificação das vítimas. "Sem dúvida, em 27 anos como delegada de polícia, esse foi o período mais marcante e desafiador para mim. Naquele momento, todos os servidores da Polícia Civil foram imbuídos do propósito de conduzir nossos trabalhos de forma qualificada, como a identificação das joias, mas, mais do que isso, pensar de que maneira poderíamos contribuir para acolher essas famílias e desenvolver ações de assistência, como foi o caso das Comissões Volantes para emissão de carteiras de identidade", afirmou.

As Comissões Volantes, uma iniciativa da Polícia Civil, resultaram na emissão de quase 800 carteiras de identidade para os atingidos, oferecendo suporte não apenas na identificação das vítimas, mas também na assistência às famílias afetadas.

Das 270 vítimas registradas pela Defesa Civil, 267 foram identificadas, sendo 183 por meio de papiloscopia (análise das impressões digitais), 50 por DNA, 32 por Odontologia Legal e duas por Antropologia Forense. A técnica-assistente da Polícia Civil, Natalia Correia Silva, lotada no IIMG, compartilhou suas experiências durante o evento, enfatizando a dedicação incansável dos servidores do Instituto de Identificação. "A sensibilidade de todos e a vontade de ajudar foi muito importante. Os servidores do Instituto de Identificação não mediram esforços e fizeram tudo o que foi preciso. Em um trabalho meticuloso e minucioso, trabalharam dia e noite, inclusive nos feriados e finais de semana, para dar uma resposta rápida aos sobreviventes, aos familiares das vítimas e à sociedade mineira”, relatou.

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