Lideranças dos atingidos pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, ocorrido em 2019, manifestaram preocupação em relação ao início de estudos, realizados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avaliam o possível encerramento gradual do Programa de Transferência de Renda (PTR). Representantes da comunidade, incluindo Silas Fialho e Camila Moreira, reuniram-se com a assessoria técnica da AEDAS para discutir a falta de informações e buscar transparência nas decisões. O grupo pede uma reunião com os responsáveis pelo processo para esclarecer como e quando o encerramento do PTR pode ocorrer, temendo os impactos financeiros que isso pode trazer para os moradores.
Segundo os atingidos, o programa de compensação financeira é essencial para que muitas famílias consigam arcar com despesas básicas, como aluguel e medicamentos, especialmente após o aumento expressivo no custo de vida em Brumadinho, resultado direto do desastre de 2019. Além disso, os líderes questionam se haverá um corte gradual dos valores e quais critérios serão adotados para definir os beneficiários e o cronograma de encerramento. No entanto, até o momento, a falta de clareza sobre os objetivos do estudo preocupa a comunidade, que reivindica a permanência do PTR para mitigar o impacto econômico deixado pelo rompimento da barragem.
As lideranças alertam que a interrupção do PTR poderia desestabilizar muitas famílias que dependem do auxílio para sobreviver. Com o custo de vida em Brumadinho ainda elevado e a economia local enfrentando dificuldades, a população questiona se o fim do programa é de fato necessário. Em resposta à incerteza, as lideranças pedem mais transparência e participação nos estudos, ressaltando a importância de avaliar como as comunidades afetadas serão protegidas no longo prazo, especialmente aquelas mais vulneráveis.
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