A população de Casa Branca tem enfrentado graves problemas de abastecimento de água nas últimas semanas. Moradores de diversos bairros, especialmente nas áreas mais altas, como Jardim Casa Branca e Parque das Águas, relatam que estão sem fornecimento regular de água e muitos recorrem a soluções improvisadas para conseguir o recurso básico. Em alguns casos, pessoas têm buscado água em riachos, apesar da falta de garantias sobre a potabilidade.
De acordo com relatos de moradores, o problema tem se intensificado recentemente, afetando diretamente a rotina e a saúde das famílias. Em bairros como o Recanto do Vale 1, o abastecimento só ocorre durante a noite, com baixa pressão, insuficiente para encher caixas d'água de muitas residências. A situação é ainda mais crítica para quem não possui grandes reservatórios em casa. "Eu tenho um reservatório de 5 mil litros, mas não são todas as pessoas que têm essa condição", afirmou um dos moradores, destacando que muitas famílias estão enfrentando sérias dificuldades.
A captação de água para Casa Branca é feita no bairro Recanto da Aldeia, de onde o abastecimento é distribuído manualmente para diversos bairros da região, como Praça de Casa Branca, Recanto do Vale 1, Jardim Casa Branca e Parque das Águas 1 e 2. Moradores explicam que a distribuição é feita de forma manual, com o desligamento e religamento de bombas, o que deixa muitas áreas sem água por longos períodos. "Acredito que eles façam isso com base em reclamações. A distribuição aqui é feita à mão, desliga pra cá, liga pra lá", conta um residente local.
A falta de um sistema automatizado e adequado de distribuição de água é um problema que a comunidade vem enfrentando há muito tempo, mas a crescente população do distrito parece ter agravado a situação. "A população aqui cresceu bastante, e vai aumentar mais ainda. Isso é urgente!", alertou outro morador, que teme que a situação se torne insustentável sem uma solução definitiva.
Embora o fornecimento de água em Casa Branca não seja gerido pela Copasa – concessionária que opera em grande parte de Minas Gerais – a falta de pagamento pelo serviço não isenta a prefeitura da responsabilidade de garantir o acesso à água, um direito básico. Os moradores reclamam da falta de um planejamento efetivo para atender a demanda, que tem crescido rapidamente.
O agravamento da situação levou um morador a contatar diretamente o responsável pelo abastecimento de água na prefeitura, o Sr. Lúcio. Após a ligação, a água foi restabelecida temporariamente, mas o problema persiste. "Liguei, e a água chegou. Mas isso não resolve, é preciso um projeto de captação de água efetivo para o distrito", ressaltou. A falta de planejamento de longo prazo é uma das principais queixas da comunidade, que pede soluções estruturais e não apenas ações paliativas.
A situação de Casa Branca é mais um reflexo da necessidade de melhorias na infraestrutura de Brumadinho, especialmente em distritos que têm visto um crescimento populacional acelerado. Enquanto isso, os moradores de áreas mais elevadas continuam sofrendo com a incerteza de quando terão acesso à água. Muitos apontam que, se nada for feito, o cenário pode se agravar ainda mais com a chegada da época mais quente e seca do ano.
Em resposta às reclamações, os moradores esperam que a prefeitura de Brumadinho tome medidas urgentes para melhorar o sistema de captação e distribuição de água no distrito, garantindo um fornecimento estável e constante para todas as áreas. Enquanto aguardam soluções definitivas, a população de Casa Branca segue enfrentando as dificuldades do dia a dia, improvisando soluções para um problema que, segundo eles, já deveria ter sido resolvido há muito tempo.
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