O rock é para quem merece, é a frase icônica que o saudoso Adriano Falabella dizia quando apresentava suas críticas musicais no seu quadro enciclopédia do rock no programa Alto-Falante da Rede Minas de televisão.
De uma profundidade tamanha os dizeres que sempre acompanhava o crítico musical juntamente com outros jargões, como por exemplo: “gostas do delírio, baby?” formaram muitos jovens de uma era, talvez hoje tenham sido os quarentões como este que escreve este artigo.
Este gênero, nascido dos anos 50, música genuinamente oriunda dos pretos, notadamente as mulheres, citando duas musas do estilo temos Sister Rosetta Tharpe e Odetta como exemplo primordial deste nascimento.
Gêneros se misturaram para surgir a origem rock, tais como, country, Blues, Jazz. Do Country, temos o exemplo de Hank Williams, consagrado no estilo e grande influência do todo poderoso Jhonny Cash.
Faço esta passagem curta dentre a longa e rica história do rock para dizer que existe um povo merecedor deste estilo aqui em Brumadinho.
Nossa cidade é sedenta pelo rock N roll, mais do que podem admitir algumas pessoas dentro da cidade.
Isto importa dizer pelo fato de que as pessoas que merecem o estilo ultimamente não estão sendo contempladas com os famosos eventos que sempre acontecem, ou aconteciam, anualmente em Brumadinho.
Faz falta lugares e modos culturais já consolidado à sociedade brumadinhense. Difícil não entender o porquê da omissão aos eventos.
Sabe-se que todos os eventos desta natureza são os mais pacíficos, promovem a circulação de dinheiro da cidade, une as pessoas em uma das festas mais bonita e elegante que uma cidade pode ter.
Camisas pretas, motos, anéis, guitarras, intelectualidade, liberdade, são coisas que o rock traz para Brumadinho.
Assim, peço ao leitor que não seja apenas saudoso, não só sinta que o rock é para você que merece, gostaria de contar com vocês, meus irmãos do rock para cobrar, exigir novamente os eventos deste gênero em nossa cidade, pois nós merecemos.
Não queremos que apenas as músicas ruins, se é que podem ser postas como música, mas sim que a cultura rock possa novamente ser respeitada e valorizada aqui em nosso município.
E se combaterem vocês roqueiros, apenas pergunte à eles: “Gostas do delírio, baby?!”.
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Marciano Reis
Fiscal Ambiental de Brumadinho, Advogado especialista em Meio Ambiente e Mineração, Técnico em Agropecuária, Bacharel e Licenciatura em Filosofia.
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