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Foto do escritorGuilherme Almeida

Zema afirma que valor do acordo de Mariana será maior que o de Brumadinho

Foto - Poder 360/Divulgação

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou nesta quinta-feira (17) que o acordo de repactuação pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, será maior do que o valor firmado após a tragédia de Brumadinho. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em São José da Varginha, onde Zema destacou a importância de “punir exemplarmente” as mineradoras responsáveis pelos desastres em Minas Gerais. O governador se mostrou confiante de que o acordo será assinado ainda neste mês de outubro.

Zema justificou que o valor mais elevado se deve à dimensão do desastre em Mariana, que afetou dois estados, Minas Gerais e Espírito Santo, além de mais de 100 municípios. Ele comparou a extensão dos danos ao ocorrido em Brumadinho, que já resultou em um acordo de R$ 37,68 bilhões. “O que nós queremos é punir exemplarmente quem polui o meio ambiente, quem ceifa vidas, quem causa esse tipo de sofrimento”, afirmou o governador, reforçando a necessidade de responsabilização das empresas envolvidas.

O governador também fez duras críticas à atuação da Fundação Renova, criada para gerenciar as ações de reparação em Mariana. Segundo ele, a fundação tem se mostrado “totalmente inadequada” para atender às necessidades das vítimas e promover a reparação dos danos. “A Fundação já consumiu mais de R$ 30 bilhões, mas nós não vimos um hospital, nós não vimos 1 km de estrada. O que vimos foi só a contratação de consultorias e perícias. Tem alguém que está se beneficiando muito”, declarou Zema.

Zema reforçou que os critérios de segurança para barragens em Minas Gerais foram revisados após a tragédia de Brumadinho e que o estado tem avançado na redução dos riscos. Contudo, ele ressaltou que o ressarcimento pelos danos provocados em Mariana ainda é uma dívida que nunca será completamente quitada, especialmente com os familiares das vítimas. O governador destacou que, ao menos, o recurso das multas está sendo aplicado da forma mais criteriosa possível.

O acordo de Mariana, que pode ser assinado entre os dias 24 e 29 de outubro, prevê a destinação de mais de R$ 82 bilhões em dinheiro, com pagamento ao longo de 20 anos, além de R$ 21 bilhões a serem investidos em ações de reparação. O governo de Minas, junto com o Espírito Santo e o governo federal, ainda negocia para que o valor suba para R$ 109 bilhões, com pagamentos ao longo de 12 anos.

A repactuação pelos danos provocados pelo rompimento de barragens é uma questão fundamental para Minas Gerais, especialmente para cidades como Brumadinho, que enfrentam as consequências diretas desses desastres. Os recursos provenientes dos acordos são destinados a ações de reparação, infraestrutura e programas sociais que visam melhorar a vida nas regiões afetadas.

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